Tal prática revela a ganância do ser humano no acúmulo de capitais, já que a ideologia dominante na sociedade contemporânea é a dos novos ricos, os quais conhecem o preço de todas as coisas, mas desconhecem ou desvalorizam seu real valor. Prova de mudança nos valores sociais e no sentido da palavra esporte, que antes era uma boa contradição entre competição e união, foi a perda de esportividade de um grande (ou ex-grande) ídolo brasileiro de Fórmula 1, o piloto Felipe Massa, que trocou seu merecimento por circunstâncias impostas por sua equipe.
O reflexo da corrupção social no esporte, que ao deixar de ser competitivo abala a autoestima nacional e decepciona milhões de fãs, é gerado pela falta de sentido na existência de honra pela vitória gerada através do merecimento, competência e garra. Os próprios esportistas não possuem o direito ou, até mesmo, o interesse em ganhar. Se contentam com o pouco imposto a eles e que, de maneira contraditória, os rende muito. Não moral, pois a população fica chocada com a ideia de que a gana pela disputa pode ser derrotada por um contrato milionário e pelo medo de perder patrocínios, mas financeiramente.
Era de princípios e valores distorcidos, na qual esses são moldados somente de acordo com os mais espertos, onde apenas os mais adaptados sobrevivem a essa seleção natural; ou seria sem moral? De maneira a fazer com que o orgulho pessoal por sua nação seja destroçado, devido a falta de exemplos na sociedade e também pela mudança no conceito de vitória, que não é mais "vencer o inimigo ou concorrente" e sim apenas, "êxito brilhante, pessoal e crescente em sua própria conta bancária".
Nenhum comentário:
Postar um comentário