O homem, ao possuir capacidade de racionalização, busca sempre o real ao filtrar suas emoções nas decisões mais importantes de sua vida. Porém, a emoção é o diferencial da espécie humana em relação aos outros animais. Por mais que se tente, não é possível ou viável deixá-la de lado, pois se isso acontecesse a condição humana seria extinta e a espécie agiria apenas por instinto, baseado somente no aprendizado de cada um, de forma a se tornar um ser bastante individual, particular e que perdeu suas convicções.
Os sistemas autoritários de governo e a Inquisição da Idade Média são espelhos do homem extremamente racional, que ao controlar seus sentimentos e emoções autenticamente humanos, atinge o ponto máximo de sua racionalidade desumana. Ambos caracterizam o homem quando se diz "dono da razão", aquele que persegue, expulsa, julga, aprisiona e mata a favor daquilo que acredita ser o caminho da verdade absoluta, sem a existência de sentimentos e emoções, e sim prazer.
No mundo contemporâneo, onde o ser humano possui por instinto o gosto pela vida, o meio social precisa ser não só razão, mas também coração. Não só um escudo, mas também sentimento. Um é o complemento do outro, já que é necessário que as atividades emocionais sejam equilibradas com o uso criterioso da racionalidade científica e psíquica. Para dessa forma, se utilizar bem os critérios de escolha e não confundir o psicológico com opções feitas à base de fantasia e não realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário