domingo, 5 de agosto de 2012

O gene egoísta

     O ser humano é formado por inúmeros genes, os quais possuem função e poder específico de ativar ou desativar determinadas características. Devido a eles que, apesar de unos e diferentes, atuam em harmonia; o homem apresenta particularidades as quais nem sempre, se julgadas muito diferentes, são bem aceitas. Já que, se vive em uma sociedade na qual o indivíduo se diz ser ou querer ser único, mas que contraditoriamente segue ou é incentivado a seguir certos padrões econômicos, socias ou de beleza impostos ao meio social; de maneira a fazer do convívio com as diferenças um grande desafio.
     Tais modelos exercem uma influência oposta à ideia de se aceitar as diferenças, visto que diferença em si já contém o conceito de desigual, porém o problema é como ela é tratada. Assim, de forma contrária ao que se espera, a definição de ser diferente, construída e moldada pelos padrões atuais, representa exclusão ou opinião negativa. De forma a gerar discriminação e violência por parte daqueles que percebem a vida por apenas um ângulo, através de uma visão estreita, e dão alcance restrito a muitos aspectos importantes e fundamentais (ou seria "apenas" aos seus Reais?), sem pensar em ninguém além de si mesmo.
     Em um mundo globalizado, onde cada pessoa carrega um traço característico e diferenciado de diversas etnias; a diferença entre as pessoas se transforma em desigualdade social e o respeito muitas vezes vem disfarçado de bom mocismo e não da ação de respeitar de fato. Porém, em tempos de abrir a mente, essa atitude é um tanto positiva. Se for levado em conta que não é preciso concordar com o que surge e sim aceitar que as diferenças sempre existirão, mas só agora as pessoas possuem coragem e voz para assumir e lutar por elas. 
     É um fato que o gene egoísta parece ter sido ativado em muitos da sociedade, já que o que se julga ser correto ou digno de respeito é apenas o caracterizado ou exercido por si mesmo. No entanto, o ato de cultivar pequenas atitudes perante a vida precisa ser também. Não apenas porque o homem depende mutuamente um do outro, mas principalmente devido à ideia de que ações positivas enobrecem e dignificam o homem.